Decorreu, no dia 11 de abril, a apresentação do projeto e consignação da empreitada de requalificação da zona da antiga estação de caminho-de-ferro, que o Município levará a cabo no âmbito do PEDU, uma intervenção orçada em 994.111,95 euros e que terá uma duração prevista de 540 dias.
Esta empreitada concretiza uma das várias ações constantes no Plano de Ação de Mobilidade Sustentável (PAMUS) que integra o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), aprovado por unanimidade pelo Executivo Municipal. Trata-se de um Plano cujo montante global ascende a 17,2 milhões de euros e que será financiado por fundos comunitários.
Em concreto, serão intervencionadas as Ruas Monsenhor Jerónimo Amaral, Augusto Rua, Visconde de Carnaxide, Madame Brouillard e a Avenida 5 de Outubro. Por ocasião da apresentação do projeto o vereador responsável pelo pelouro do urbanismo, Adriano Sousa, referiu que este projeto “vai mudar radicalmente esta zona da estação, vai devolvê-la às pessoas”. Destacando nomeadamente a atual degradação dos pavimentos e os passeios diminutos.
Do valor total do PEDU, mais de 8 milhões respeitam ao Plano de Ação de Mobilidade Sustentável, que financia exclusivamente ações que promovam os modos suaves, através da requalificação e beneficiação da rede pedonal e da introdução de redes cicláveis em faixa dedicada ou em vias partilhadas. No caso desta empreitada, será construído um troço da futura rede ciclável de Vila Real, dando-lhe início. Este troço ligará, por um lado à UTAD e à ciclovia que ali virá a ser construída também no âmbito do PEDU e, por outro lado, ao centro da cidade.
“Após décadas em que as cidades estiveram voltadas quase exclusivamente para o automóvel, ignorando por completo os direitos dos peões, os modernos paradigmas de gestão urbana advogam a devolução das cidades às pessoas, através da requalificação dos espaços de utilização pública, tornando-as mais inclusivas”, sublinhou o presidente da câmara municipal, Rui Santos. “Para o efeito é necessário existirem espaços públicos adequados, que permitam aos cidadãos circularem livremente pela cidade, sejam crianças, idosos, cidadãos portadores de deficiência permanente ou temporária, ou mães e pais com carrinhos de bebé”, concluiu.
Nesta apresentação os responsáveis políticos realçaram que todas as intervenções foram pensadas com o propósito de criar uma nova cidade, com um conjunto de intervenções coerentes e interligadas com outros projetos que entretanto irão arrancar. O edil Vila-realense afirmou ainda que “não iremos desaproveitar um cêntimo deste grande projeto que é o PEDU”.
O presidente da Câmara de Vila Real anunciou que o Município irá avançar com uma ação em tribunal contra a construtora Nesinocas e os Seguros Crédito Agrícola, na sequência do atraso na reparação dos danos causados pela queda de uma grua no Campo do Calvário em novembro do ano passado. Rui Santos adiantou ainda ser “intolerável este atraso que, a cada dia que passa, está a obrigar o Sport Club Vila Real a recorrer ao aluguer de outros campos para os treinos e jogos das camadas jovens, com avultados encargos financeiros associados”.
Recorde-se que no dia 26 de novembro de 2018, em resultado de um forte temporal, caiu no Campo do Calvário uma grua que estava ao serviço da empresa Nesinocas, causando estragos na bancada e no relvado sintético. Na altura a empresa apressou-se a assumir a responsabilidade pelos estragos assim como a rápida resolução dos mesmos. Da avaliação dos danos resultou um orçamento de cerca de 280 mil euros, necessários para a reparação da bancada e substituição total do relvado sintético, imprescindível para manutenção da certificação da FIFA, uma vez que o tipo de relva sintética instalado no Campo do Calvário foi descontinuado e a certificação da FIFA exige que o relvado seja todo igual.
A Câmara Municipal encarou todo este processo de boa-fé, acreditando numa rápida resolução, o que não se veio a verificar, uma vez que, por um lado a empresa desligou-se de todo este processo empurrando a responsabilidade para a seguradora e esta, de acordo com o esclarecimento prestado na sequência de um pedido da autarquia, informou que o processo ainda está em fase de instrução e averiguação, aguardando-se o relatório do perito. Ora passados vários meses desta ocorrência, e depois de várias tentativas de resolver as coisas pela via amigável, a Câmara Municipal entendeu ser a hora de agir.
Assim, a Câmara Municipal de Vila Real decidiu avançar com as obras no Campo do Calvário, encetando para o efeito os procedimentos públicos necessários para adjudicação da obra, assumindo os encargos da mesma. Paralelamente irá acionar os meios legais ao seu dispor para obrigar a Seguros Crédito Agrícola a ressarcir a edilidade e o Sport Clube de Vila Real pelos pesados encargos financeiros que se viram obrigados a assumir.
Vila Real vai participar na Semana Europeia da Juventude, uma iniciativa impulsionada pela Comissão Europeia e promovida em Portugal pela Erasmus+Juventude em Ação, que este ano se realizará de 29 de abril a 5 de maio.
Neste âmbito, irão decorrer no Espaço Juventude de Vila Real, nos dias 30 de abril e 3 de maio, respetivamente, os eventos “Time to Share” e “Workshop de Divulgação e Informação”, com o objetivo de dar a conhecer aos jovens o programa Erasmus+ e as vantagens que uma experiência internacional pode oferecer.
Trata-se de um conjunto de atividades informais, com o objetivo de celebrar a Europa, bem como a necessidade de dar a conhecer e trazer até aos jovens mais informação acerca das oportunidades Erasmus+, potenciando a dinâmica local das organizações de juventude. Desde workshops, a sessões de esclarecimento e partilha de testemunhos, espera-se que os jovens consigam perceber e integrar-se da melhor forma na construção do projeto Europeu. Participam nesta iniciativa mais de 30 países europeus, com centenas de eventos e atividades programadas.
Recorde-se que Vila Real aderiu, no início deste ano, à Rede Eurodesk, rede europeia de informação, com serviços em 35 países, que reúne cerca de 1000 provedores locais de informações sobre jovens, os chamados “multiplicadores”, fornecendo informações aos jovens e aconselhando-os sobre oportunidades de mobilidade. A participação na Semana Europeia da Juventude é já um resultado desta adesão, através da qual o Município pretende reforçar a progressiva participação cívica dos jovens Vila-realenses, garantindo-lhes igualdade de oportunidades não só a nível nacional como também a nível europeu.
Encontram-se abertas, de abril a junho de 2019, as candidaturas para os concursos de curtas-metragens, de desenho e de fotografia de natureza, promovidos no âmbito do Festival Internacional de Imagem de Natureza – FIIN.
Com caráter e projeção internacional e prémios atrativos, motivos mais que suficientes para despertarem o interesse dos amantes destas áreas, estes concursos estão disponíveis para todos, podendo os respetivos regulamentos ser consultados na página oficial do FIIN: www.fiin.pt
O Município volta, assim, a promover mais um Festival Internacional de Imagem de Natureza, vocacionado para a sensibilização da sociedade para a conservação da natureza e para a preservação do património biológico que, nesta terceira edição, reunirá novamente em Vila Real uma série de especialistas com trabalho reconhecido em torno deste tema. Ainda neste âmbito serão desenvolvidas uma série de atividades todas à volta da temática da biodiversidade, desde os cursos juvenis, workshops, exposições, etc.
Da seleção e classificação das imagens apresentadas aos concursos de Desenho e de Fotografia resultarão duas Exposições e os seus respetivos Catálogos. Quanto ao Concurso Cinematográfico as melhores obras serão exibidas no Festival de Curtas-Metragens da Biodiversidade.
Decorreu no dia 6 de abril, no auditório da sede do Parque Natural do Alvão, o seminário “O Valor dos Simples”, uma iniciativa do Município de Vila Real para promover o debate sobre as plantas silvestres comestíveis.
Esta iniciativa agregou oradores de diversas áreas ligadas à gastronomia e às plantas silvestres. Entre biólogos, chefes de cozinha, gerentes do setor de hotelaria e restauração, nutricionistas, agrónomos, produtores, comerciantes, apaixonados e curiosos foram debatidos os potenciais desta área de negócio que poderá ser explorada com respeito e dedicação.
Do que está a ser realizado e executado ao que poderá ser criado, concretizado e constituído, conclui-se que existe uma grande margem de manobra para a exploração de novos produtos, conceitos e oportunidades no uso das plantas silvestres.
Fica o agradecimento do Município a todos os que participaram, organizaram e partilharam as suas ideias e projetos, entre os quais a Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza, a Rupestris – Cooperativa Agrícola, a Maria Feliz, aos ilustres Professores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – Artur Cristóvão, Carla Gonçalves e Laura Torres, à Lugares e Ludares, às Ervas Finas e aos Bons Tempos Restaurante. Um agradecimento especial à equipa do Instituto de Emprego e Formação Profissional de Vila Real que está com os seus formando a desenvolver o menu “O Valor dos Simples” composto por entrada, sopa, prato principal, sobremesa e uma bebida, que será degustado no dia 1 de junho, em formato de sunset, nas imediações do Centro de Ciência de Vila Real.
Ao longo da execução do projeto “O Valor dos Simples”, cofinanciado pelo Programa Norte 2020, decorrerão ainda workshops subordinados a este tema das plantas silvestres, nas áreas da etnobotânica, gastronomia e na exploração do potencial gastronómico das plantas espontâneas.
O seminário “O Valor dos Simples” foi a primeira ação desenvolvida no âmbito deste projeto, cujos objetivos se prendem com a recuperação de um conjunto de saberes e sabores e a contribuição para a criação de mecanismos de valorização do uso das plantas silvestres na gastronomia e na alimentação. A ambição deste projeto é poder trabalhar de forma integrada em toda a fileira do setor: a produção, a restauração, a comercialização, os consumidores, mas igualmente com outros segmentos que podem associar-se a este projeto, como as atividades de caráter cultural. Pretende-se também estimular o aparecimento de novos agentes económicos que possam aproveitar este recurso, criando novos negócios ou novas áreas de negócio.